sábado, novembro 04, 2006
sexta-feira, outubro 27, 2006
Candido Portinari - Gravuras
quarta-feira, outubro 25, 2006
DJANIRA da Motta e Silva 1914-1979
Morando no bairro de Santa Teresa, no Rio de Janeiro, optou decisivamente pela pintura através da convivência com pintores como Emeric Marcier, Dacosta, Arpad Szenes, Vieira da Silva e Jean-Pierre Chabloz, entre outros. Em 1942 participou pela primeira vez do Salão Nacional de Belas Artes. Viajou para Nova York, Paris e mais tarde à Rússia. De volta ao Brasil, percorreu o Planalto Central e o Norte, documentando usos e costumes populares. Integrou importantes mostras coletivas no Brasil e no exterior, tendo participado da Bienal de São Paulo de 1953. No início da década de 70, adotou o hábito de irmã leiga da Ordem Carmelita. A seu respeito, escreveu Jayme Maurício: Grande e magnífica Djanira, pintora da alma pura que transforma banalidades em grandes emoções, e de um nada exterior cria uma imensa riqueza interior, pintora de anjos e santos, de negros e brancos, de plantas e cafezais sem fim, das ruas da velha Parati e da paisagem carioca, dama ilustre deste Brasil subdesenvolvido, capaz, entretanto, de uma Djanira." (Correio da Manhã, 9 de maio de 1967) Das exposições mais recentes de sua obra no Rio de Janeiro, merecem destaque as de 1996, no Centro Cultural Laurinda Santos Lobo, de 1997, no Museu Nacional de Belas Artes (Djanira e a Azulejaria Contemporânea).
Iberê Camargo 1914 -1994
Chegou ao Rio de Janeiro em 1942, rebelando-se logo em seguida contra o ensino da Escola Nacional de Belas Artes. Estudou com Guignard, tendo sido um dos fundadores, em 1943, do Grupo Guignard, instalado na rua Marquês de Abrantes, no Rio. Em viagem à Europa, estudou com André Lhote e De Chirico. Realizou diversas individuais no país e no exterior, e é considerado um mestre do abstracionismo brasileiro. Entre as exposições recentes de sua obra, merecem destaque as retrospectivas realizadas em 1994, no Centro Cultural Banco do Brasil, Rio de Janeiro, em 2001, na Galeria André Millan/Bolsa de Arte de São Paulo, e em 2003, na Pinacoteca do Estado de São Paulo e Paço Imperial, Rio de Janeiro. Em depoimento para a revista Artis (n. 1, nov. 1982), Iberê Camargo assim se expressou a respeito de sua obra: “Alguém falou que a minha obra também era vida. Não sei quem fez esta referência; alguém disse que fazia pensar na pintura e na vida. Na realidade, a pintura para mim é a razão de ser. Acho que se não pintasse, nada teria sentido para mim. (...)
terça-feira, outubro 24, 2006
Lívio Abramo 1903 - 1992
Lívio Abramo nasceu em Araraquara, no interior de São Paulo, em 1903. Filhos de pais italianos, Lívio e seus irmãos e irmãs - Athos, Fúlvio, Beatriz, Lélia, Mário e Cláudio - cresceram em um ambiente especial e tornaram-se artistas, jornalistas e intelectuais, cujas contribuições foram importantes para o ambiente cultural brasileiro.
Segundo a atriz Lélia Abramo, em seu livro de memórias, o ambiente familiar influenciou as opções de vida de cada um dos Abramo.
"Nada em meu pai e minha mãe era medíocre. Ambos sensíveis às artes, carregavam toda a filharada para teatros, exposições de todos os gêneros, eventos culturais, inaugurações oficiais, etc", escreveu.
Lívio tornou-se artista por conta própria - autodidada, desenhava desde criança. Na juventude, aventurou-se na confecção de sua primeira gravura retirando sulcos de um pedaço de madeira com uma lâmina gilete.
Mas foi por volta dos 27 anos ao deparar-se com uma exposição de gravuras dos expressionistas alemães, em São Paulo, e sentir a força de expressão das gravuras de Kathe Kollwitz e demais artistas, que decidiu: "é isso que quero fazer".
"Em verdade, o gosto pela gravura começou a despontar em mim quando, ainda estudante, em casa de meus pais, eu admirava as vinhetas gravadas em madeira que ilustravam os poemas de um famoso poeta italiano, e de autoria de um gravador de nome De Károlis.
"Esse foi o despertar de uma vocação - a exposição dos grandes gravadores expressionistas alemães foi a revelação", escreveu o artista, que ficou conhecido por sua maestria ao manipular o buril.
A preocupação com a justiça social, acompanhou-o desde sempre, levou-o, ainda jovem, a militar no Partido Comunista, a interessar-se pelo Trotskismo e pelo socialismo. Nessa época colaborava fazendo ilustrações para tablóides sindicalistas. Em 1932, foi expulso do Partido Comunista, acusado de trotskismo.
O reconhecimento artístico chegou mais tarde, aos 47 anos de idade, quando suas xilogravuras alcançaram um grau de depuração técnica e ao mesmo tempo uma riqueza impressionante de detalhes, suas xilogravuras eram extremamente precisas em todos os aspectos.
Por isso ganhou prêmios como o de Viagem ao Exterior do Salão Nacional de Belas Artes, em 1950, com as 27 ilustrações para o livro "Os Sertões", de Euclides da Cunha; e o 1º Prêmio de Gravura Nacional da 2ª Bienal de São Paulo, em 1953. Algumas honrarias, como a ordem do Rio Branco.
Foram muitos os alunos que passaram por ele, no Brasil, Dorothy Bastos, Maria Bonomi, Savério Castelani, Anésia Pacheco Chaves, Ely Bueno, entre muitos outros.
No Paraguai, para citar alguns nomes da primeira turma, destacaram-se Edith Jiménez, Maria Adela Solano López, Lotte Schulz, Jacinto Rivero, todos gravadores de renome em Assunção e América Latina.
Abramo foi um homem que não curvou-se diante das dificuldades e, mesmo quando a vida não lhe dava motivos para sorrir, não deixava de acreditar na possibilidade de transformar o mundo.
Fonte:Divisão de Cooperação Educacional - DCEMinistério das Relações Exteriores - MREEsplanada dos Ministérios, Bloco H, Anexo I, Sala 43270170-900 - Brasília - DF
Segundo a atriz Lélia Abramo, em seu livro de memórias, o ambiente familiar influenciou as opções de vida de cada um dos Abramo.
"Nada em meu pai e minha mãe era medíocre. Ambos sensíveis às artes, carregavam toda a filharada para teatros, exposições de todos os gêneros, eventos culturais, inaugurações oficiais, etc", escreveu.
Lívio tornou-se artista por conta própria - autodidada, desenhava desde criança. Na juventude, aventurou-se na confecção de sua primeira gravura retirando sulcos de um pedaço de madeira com uma lâmina gilete.
Mas foi por volta dos 27 anos ao deparar-se com uma exposição de gravuras dos expressionistas alemães, em São Paulo, e sentir a força de expressão das gravuras de Kathe Kollwitz e demais artistas, que decidiu: "é isso que quero fazer".
"Em verdade, o gosto pela gravura começou a despontar em mim quando, ainda estudante, em casa de meus pais, eu admirava as vinhetas gravadas em madeira que ilustravam os poemas de um famoso poeta italiano, e de autoria de um gravador de nome De Károlis.
"Esse foi o despertar de uma vocação - a exposição dos grandes gravadores expressionistas alemães foi a revelação", escreveu o artista, que ficou conhecido por sua maestria ao manipular o buril.
A preocupação com a justiça social, acompanhou-o desde sempre, levou-o, ainda jovem, a militar no Partido Comunista, a interessar-se pelo Trotskismo e pelo socialismo. Nessa época colaborava fazendo ilustrações para tablóides sindicalistas. Em 1932, foi expulso do Partido Comunista, acusado de trotskismo.
O reconhecimento artístico chegou mais tarde, aos 47 anos de idade, quando suas xilogravuras alcançaram um grau de depuração técnica e ao mesmo tempo uma riqueza impressionante de detalhes, suas xilogravuras eram extremamente precisas em todos os aspectos.
Por isso ganhou prêmios como o de Viagem ao Exterior do Salão Nacional de Belas Artes, em 1950, com as 27 ilustrações para o livro "Os Sertões", de Euclides da Cunha; e o 1º Prêmio de Gravura Nacional da 2ª Bienal de São Paulo, em 1953. Algumas honrarias, como a ordem do Rio Branco.
Foram muitos os alunos que passaram por ele, no Brasil, Dorothy Bastos, Maria Bonomi, Savério Castelani, Anésia Pacheco Chaves, Ely Bueno, entre muitos outros.
No Paraguai, para citar alguns nomes da primeira turma, destacaram-se Edith Jiménez, Maria Adela Solano López, Lotte Schulz, Jacinto Rivero, todos gravadores de renome em Assunção e América Latina.
Abramo foi um homem que não curvou-se diante das dificuldades e, mesmo quando a vida não lhe dava motivos para sorrir, não deixava de acreditar na possibilidade de transformar o mundo.
Fonte:Divisão de Cooperação Educacional - DCEMinistério das Relações Exteriores - MREEsplanada dos Ministérios, Bloco H, Anexo I, Sala 43270170-900 - Brasília - DF
Fayga Ostrower
Faya Ostrower - "Maternidade" - Dec 50
Gravadora, pintora, desenhista, ilustradora, teórica da arte e professora, Fayga Ostrower chegou ao Rio de Janeiro na década de 30. Cursou Artes Gráficas na Fundação Getúlio Vargas, em 1947, onde estudou xilogravura com Axl Leskoscheck e gravura em metal com Carlos Oswald, entre outros. Em 1955, viajou por um ano para Nova York com uma Bolsa de estudos da Fullbright.Realizou exposições individuais e coletivas no Brasil e no exterior. Seus trabalhos se encontram nos principais museus brasileiros, da Europa e das Américas. Recebeu numerosos prêmios, entre os quais, o Grande Prêmio Nacional de Gravura da Bienal de São Paulo (1957) e o Grande Prêmio Internacional da Bienal de Veneza (1958); nos anos seguintes, o Grande Prêmio nas bienais de Florença, Buenos Aires, México, Venezuela e outros.
Entre os anos de 1954 e 1970, desenvolveu atividades docentes na disciplina de Composição e Análise Crítica no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. No decorrer da década de 60, lecionou no Spellman College, em Atlanta, EUA; na Slade School da Universidade de Londres, Inglaterra, e, posteriormente, como professora de pós-graduação, em várias universidades brasileiras. Durante estes anos desenvolveu também cursos para operários e centros comunitários, visando a divulgação da arte. Proferiu palestras em inúmeras universidades e instituições culturais no Brasil e no exterior.Foi presidente da Associação Brasileira de Artes Plásticas entre 1963 e 1966. De 1978 a 1982, presidiu a comissão brasileira da International Society of Education through Art, INSEA, da Unesco. Em 1969, a Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro, publicou álbum de gravuras suas, realizadas entre 1954 e 1966. É membro honorário da Academia de Arte e Desenho de Florença. Fez parte do Conselho Estadual de Cultura do Rio de Janeiro de 1982 a 1988. Em 1972, foi agraciada com a condecoração Ordem do Rio Branco. Em 1998, foi condecorada com o Prêmio do Mérito Cultural pelo Presidente da República do Brasil. Em 1999, recebeu o Grande Prêmio de Artes Plásticas do Ministério da Cultura.
Seus livros sobre questões de arte e criação artística são: Criatividade e Processos de Criação (Editora Vozes, RJ); Universos da Arte (Editora Campus, RJ); Acasos e Criação Artística (Editora Campus, RJ); A Sensibilidade do Intelecto (Editora Campus, RJ - Prêmio Literário Jabuti, em 1999); Goya, Artista Revolucionário e Humanista (Editora Imaginário, SP) e A Grandeza Humana: Cinco Séculos, Cinco Gênios da Arte (Editora Campus, RJ). Publicou numerosos artigos e ensaios na imprensa e na mídia eletrônica. A biografia Fayga Ostrower foi lançada em 2002 pela Editora Sextante - RJ.Fayga foi casada com Heinz Ostrower, historiador cuja biblioteca foi doada para o Arquivo Edgard Leuenroth, do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Estadual de Campinas, em Campinas, São Paulo. Deixou dois filhos, Anna Leonor (Noni) e Carl Robert; e três netos, João Rodrigo, Leticia e Tatiana.Nascida em 1920 na cidade de Lodz, Polônia, a artista faleceu no Rio de Janeiro, em 2001.
quarta-feira, outubro 18, 2006
Victor Frond - Campos dos Goytacazes - RJ
Victor Frond ( 1821 - 1881 )
FROND, Victor
(1821, França - 1881)
Fotógrafo, viveu alguns anos no Brasil entre 1857 e 1862. Pouco se sabe de sua origem e de seu destino. Viajou pelas províncias do Rio de Janeiro (Vassouras, Quissamã etc) e esteve também na Bahia. Consta que foi sócio de Sisson (segundo informação de Afonso de E. Taunay), e no Rio de Janeiro estabeleceu-se com casa e oficina à rua da Assembléia 34 e 36. Grande parte das fotografias que realizou em sua passagem pelo país foi publicada em gravuras sob o título de Brasil Pitoresco, com o texto de Charles Ribeyrolles encomendado pelo próprio Frond, cuja edição traz um posfácio de sua autoria, datado de 20 de agosto de 1860. Quis a posteridade que os papéis se invertessem: hoje a obra de Frond figura como ilustração ao livro de Ribeyrolles. Na opinião de Gilberto Ferrez (que, de certa forma, reproduz a de Taunay), o sucesso da obra se deve "muito mais às estupendas litografias que compõem o álbum do que ao texto". Este aspecto é aprofundado pelo pesquisador Pedro Vasquez: "Não deixa de ser uma ironia, sintomática de nossa cultura apoiada sobre uma tradição literária que relega as artes visuais a uma posição acessória, que o excepcional trabalho de Victor Frond tenha sido reduzido à mera condição de ilustração do texto, coisa que absolutamente não é (...)". Ainda segundo Vasquez, sua obra constitui o mais ambicioso projeto fotográfico realizado no Brasil no século XIX.
(1821, França - 1881)
Fotógrafo, viveu alguns anos no Brasil entre 1857 e 1862. Pouco se sabe de sua origem e de seu destino. Viajou pelas províncias do Rio de Janeiro (Vassouras, Quissamã etc) e esteve também na Bahia. Consta que foi sócio de Sisson (segundo informação de Afonso de E. Taunay), e no Rio de Janeiro estabeleceu-se com casa e oficina à rua da Assembléia 34 e 36. Grande parte das fotografias que realizou em sua passagem pelo país foi publicada em gravuras sob o título de Brasil Pitoresco, com o texto de Charles Ribeyrolles encomendado pelo próprio Frond, cuja edição traz um posfácio de sua autoria, datado de 20 de agosto de 1860. Quis a posteridade que os papéis se invertessem: hoje a obra de Frond figura como ilustração ao livro de Ribeyrolles. Na opinião de Gilberto Ferrez (que, de certa forma, reproduz a de Taunay), o sucesso da obra se deve "muito mais às estupendas litografias que compõem o álbum do que ao texto". Este aspecto é aprofundado pelo pesquisador Pedro Vasquez: "Não deixa de ser uma ironia, sintomática de nossa cultura apoiada sobre uma tradição literária que relega as artes visuais a uma posição acessória, que o excepcional trabalho de Victor Frond tenha sido reduzido à mera condição de ilustração do texto, coisa que absolutamente não é (...)". Ainda segundo Vasquez, sua obra constitui o mais ambicioso projeto fotográfico realizado no Brasil no século XIX.
domingo, outubro 15, 2006
Lazar Segall
Lasar Segall
Vilna, 1891 - São Paulo, 1957
O lituano Lasar Segall chegou ao Brasil pela primeira vez em 1912, ao encontro de alguns de seus irmãos, e apresentou em 1914, a primeira exposição modernista em solo brasileiro. O artista já havia cursado a Academia de Desenho de Vilna, a Imperial Academia Superior de Belas Artes de Berlim e a Academia de Belas Artes de Dresden. Depois daquele breve período inicial no Brasil, Segall retorna para a Europa. Percebe-se que «Autoretrato II» (1919) mostra um Segall expressionista e de grande lugubridade, cujo traçado lembra, para citar o mais importante pintor do século XX, Picasso e suas várias composições em que as máscaras africanas foram usadas como ponto de partida em virtude da pureza simbólica da arte primitiva. Naquela época, sua obra artística já ecoava Cézanne e o impressionismo tal como fora interpretado e entendido pela «Secessão» berlinense (1899) de Max Libermann - desdobramento daquela vienense (1897) brilhantemente conduzida por Gustav Klimt, entre outros - a qual será o embrião dos três grandes movimentos expressionistas alemães; isto é, «A Ponte», «O Cavalerio Azul» e «A Nova Objetividade».A partir de 1923 -1924, a opressiva e angustiante atmosfera alemã, resultado da humilhante derrota imposta pelos aliados à atitude expansionista e pangermânica, muda com a clareza e diafaneidade do nosso mundo tropical; a cor passa a fazer parte da vida e da obra do artista que nem sua prolongada estadia parisiense consegue obliterar e que é revivida em toda a sua força e esplendor a partir de 1932, quando Segall retornou definitivamente para o Brasil.
Vilna, 1891 - São Paulo, 1957
O lituano Lasar Segall chegou ao Brasil pela primeira vez em 1912, ao encontro de alguns de seus irmãos, e apresentou em 1914, a primeira exposição modernista em solo brasileiro. O artista já havia cursado a Academia de Desenho de Vilna, a Imperial Academia Superior de Belas Artes de Berlim e a Academia de Belas Artes de Dresden. Depois daquele breve período inicial no Brasil, Segall retorna para a Europa. Percebe-se que «Autoretrato II» (1919) mostra um Segall expressionista e de grande lugubridade, cujo traçado lembra, para citar o mais importante pintor do século XX, Picasso e suas várias composições em que as máscaras africanas foram usadas como ponto de partida em virtude da pureza simbólica da arte primitiva. Naquela época, sua obra artística já ecoava Cézanne e o impressionismo tal como fora interpretado e entendido pela «Secessão» berlinense (1899) de Max Libermann - desdobramento daquela vienense (1897) brilhantemente conduzida por Gustav Klimt, entre outros - a qual será o embrião dos três grandes movimentos expressionistas alemães; isto é, «A Ponte», «O Cavalerio Azul» e «A Nova Objetividade».A partir de 1923 -1924, a opressiva e angustiante atmosfera alemã, resultado da humilhante derrota imposta pelos aliados à atitude expansionista e pangermânica, muda com a clareza e diafaneidade do nosso mundo tropical; a cor passa a fazer parte da vida e da obra do artista que nem sua prolongada estadia parisiense consegue obliterar e que é revivida em toda a sua força e esplendor a partir de 1932, quando Segall retornou definitivamente para o Brasil.
Gravuras dos Viajantes do Seculos XVIII e XIX
Barque faite avec un cuir de Bocuf - J. B. Debret - Paris 1834
Instalacao dos Missionarios no Brasil - gravura de Hippolyte Taunay
para o livro de F.Denis -Le Bresil ou histoire - 1822
Mesmo sendo de artistas estrangeiros.Consideramos,aqui como Gravuras Brasileiras,por se tratarem de gravuras realizadas pelos artistas estrangeiros em viagens de documentacao e exploracao atravez das terras brasilis.Muitas destas viagens foram encomendadas,podemos assim dizer,pela familia real brasileira.
Alguns destes grandes artistas estrangeiros,tem sua maior obra direcionada para a paisagens,costumes,e aspectos populares brasileros.Nao que somente tenham feito gravuras sobre o Brasil,mas para nos,so as de temas brasileiros,que nos interessam.
Eles sao como bom exemplo,Debret,Rugendas,Victor Frond,Taunay,Post,entre outros.
As Gravuras dos Viajantes - que passamos a ver a partir de agora.Tratam se de Gravuras Originais de Epoca ,muitas vezes aquareladas a mao, e dignamente preservadas.Sao elas obras muito raras,algumas pecas unicas,que so sao encontradas,e mencionadas em livros e registros de impressoes.Itens rarissimos de Importantes Colecoes Particulares no Estado do Rio de Janeiro - Brasil.
Como a maioria delas formavam parte integrante de obras publicadas.Podem ter sido posteriormente reeditadas.Como no caso da Viagem Pitoresca Atraves do Brasil,que ja foi reditada mais de treis(3) vezes. E em cada reedicao,reaparece copias das pranchas,das gravuras originais,as vezes preto e branco e outras vezes coloridas.
No entanto,mesmo com a alta tecnologia da impressao atual,em cada reedicao,muitos detalhes se perdem....como se alma da propria obra fosse se esvaindo a cada reedicao.....Afinal,quando de epoca,foram executadas a partir dos originais correspondentes,em sua grande maioria em papel de grande qualidade,por famosos gravadores,e impressao impar nas nao menos famosas Casas de Impressao Francesas.
Instalacao dos Missionarios no Brasil - gravura de Hippolyte Taunay
para o livro de F.Denis -Le Bresil ou histoire - 1822
Mesmo sendo de artistas estrangeiros.Consideramos,aqui como Gravuras Brasileiras,por se tratarem de gravuras realizadas pelos artistas estrangeiros em viagens de documentacao e exploracao atravez das terras brasilis.Muitas destas viagens foram encomendadas,podemos assim dizer,pela familia real brasileira.
Alguns destes grandes artistas estrangeiros,tem sua maior obra direcionada para a paisagens,costumes,e aspectos populares brasileros.Nao que somente tenham feito gravuras sobre o Brasil,mas para nos,so as de temas brasileiros,que nos interessam.
Eles sao como bom exemplo,Debret,Rugendas,Victor Frond,Taunay,Post,entre outros.
As Gravuras dos Viajantes - que passamos a ver a partir de agora.Tratam se de Gravuras Originais de Epoca ,muitas vezes aquareladas a mao, e dignamente preservadas.Sao elas obras muito raras,algumas pecas unicas,que so sao encontradas,e mencionadas em livros e registros de impressoes.Itens rarissimos de Importantes Colecoes Particulares no Estado do Rio de Janeiro - Brasil.
Como a maioria delas formavam parte integrante de obras publicadas.Podem ter sido posteriormente reeditadas.Como no caso da Viagem Pitoresca Atraves do Brasil,que ja foi reditada mais de treis(3) vezes. E em cada reedicao,reaparece copias das pranchas,das gravuras originais,as vezes preto e branco e outras vezes coloridas.
No entanto,mesmo com a alta tecnologia da impressao atual,em cada reedicao,muitos detalhes se perdem....como se alma da propria obra fosse se esvaindo a cada reedicao.....Afinal,quando de epoca,foram executadas a partir dos originais correspondentes,em sua grande maioria em papel de grande qualidade,por famosos gravadores,e impressao impar nas nao menos famosas Casas de Impressao Francesas.
quarta-feira, setembro 13, 2006
As Gravuras aqui expostas na totalidade sao.......
As Gravuras aqui expostas neste Blog,em sua maioria,sao exemplares,que fazem parte de uma Importante Colecao Particular de Gravuras Brasileiras,no Rio de Janeiro.
Brasil.
Em nenhum momento,falamos em valores de mercado,pois as mesmas nao estao a venda.
E por conseguinte,nao havendo intuito de comercio,nem de divulgacao da propria Colecao,acreditamos que nao estamos,ferindo,qualquer direito de imagem dos artistas,como a de seus tutores e sucessores.
Este Blog,tem por objetivo maior,exteriorizar,a paixao pessoal sobre A GRAVURA,do particular reservado colecionador,e na harmonia da mesma paixao,do Marchand e Avaliador de Arte, Dr.Ricardo Barradas. Rio de Janeiro - Brasil .
Agradecemos pela compreensao de todos.
A certeza de um otimo investimento.....
Varios visitantes desta pagina,me perguntam,sobre o que comprarem ???
Respondo sempre,que nao existem grandes segredos,neste campo das artes plasticas no Brasil.
Principalmente nas obras de bons artistas brasileiros.
Mas em breve prometo que farei uma pequena lista,de artistas renomados ,
que podem ser encontrados,trabalhos,a valores
extremamente convidativos,o que os tornam desde principio,
um otimo investimento,no Mercado de Arte.
Infelizmente,alguns deslumbrados,decoram suas paredes com posters de Mu
seus.Comprados em viagens internacionais,a precos bem maiores que as de obras originais,de Grandes nomes da Gravura Brasileira.
Poucos percebem,que podem ser adquiridas,aqui mesmo.
Com a identidade de made in Brasil,com
as cores e os tracos desta nossa terra,que tanto encanta a todos que a conhecem.
Que no minimo,sera uma imagem unica,de resgate pessoal;de sua origem;
de uma face impressa da sua propria cultura,
de sua historia e trajetoria particular,e que a um medio prazo,
lhe proporcionara,alem de tudo,otimos dividendos.
Gravura Brasileira a certeza de um otimo investimento.
Gravura Brasileira na Arte Popular de A.Francisco
seria o de Amaro Francisco,
como vemos nestes dois raros exemplares,com a suas alegorias narrativas do imaginario diario,do artista simples,presente na literatura de cordel,
nos fatos corriqueiros dos cantadores e repentistas,que povoam as
tantas feiras,pelos interiores do nordeste destes nossos brazis.
sábado, agosto 26, 2006
Cidade Moderna - 1958
Carlos Prado - A Cidade Moderna
Rarissimo Album Completo com todas as gravuras originais de Carlos Pardo,assinadas e
numeradas.Edicao Primeira e Unica.Com apenas 139 exemplares.Fabricacao Manual de
C.M. FABRIANO,Milao,Italia.
LAUSSANE,Janeiro de 1958
Pertencente a importante colecao particular de gravuras
no Estado do Rio de Janeiro
Que nos rogou anonimato,e que agradecemos
publicamente,a gentileza da permissao para as fotografias
desta mostra.
CARLOS PRADO - CIDADE MODERNA
quinta-feira, agosto 24, 2006
CARLOS PRADO
CARLOS PRADO
(1908, São Paulo, SP - 1992)
(1908, São Paulo, SP - 1992)
Formou-se em Arquitetura pela Escola Politécnica de São Paulo, e estudou desenho e pintura com Georg Fischer Elpons. Sobretudo pintor, dedicou-se também à cerâmica e à gravura como poucos. Com Flávio de Carvalho, Antônio Gomide, Di Cavalcanti, entre outros, fundou o Clube de Arte Moderna, de vida efêmera (1932 e 1933). Obteve menção honrosa no Salão Paulista de Belas Artes de 1935 e participou da Bienal de São Paulo (1951, 1953 e 1985). Em 1976 expôs no Museu de Arte Moderna de São Paulo. Para José Roberto Teixeira Leite, trata-se de "um dos mais importantes pintores de sua geração", apesar do "isolamento e a circunstância de raramente ter mostrado seus quadros ,desenhos,e gravuras". Integra, entre outros acervos, os do Museu de Arte de São Paulo e do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo. Publicou dois álbuns de desenhose e Gravuras: Memórias sem palavras (1954) e A cidade moderna (1958).
quarta-feira, agosto 09, 2006
Os maiores icones da Arte tambem se dedicaram a GRAVURA
Portinari,Di Cavalcanti,Djanira,Ibere Camargo,Tarsila,Segall,entre outros.Mas Oswaldo Goeldi,tem sua obra mais fundamentada,na gravura.Em um exercicio poetico de arrancar da rigidez da madeira as formas,e expressoes,mais vivas,que so um Verdadeiro Mestre da criacao poderia fazer.
Nao que o boneco de madeira,realmente fale.Como nos contam nas fabulas,quando somos criancas...
Mas as imagens refletidas das madeiras,abrem -se como janelas,de contemplacao poetica de cenas do cotidiano corriqueiro,bem proximas da vida,e dos sonhos,de cada um nos.
A cor aparece timidamente,como no mundo dos sonhos,onde o preto e branco,fala bem mais forte.O claro e o escuro,evidencia a dualidade barroca,dos dois caminhos,especificos por excelencia,entre a figura e o fundo.Do prazer e da dor.Que se alternam magicamente no percorrer de nossos caminhos finitos e humanos.
Nao que o boneco de madeira,realmente fale.Como nos contam nas fabulas,quando somos criancas...
Mas as imagens refletidas das madeiras,abrem -se como janelas,de contemplacao poetica de cenas do cotidiano corriqueiro,bem proximas da vida,e dos sonhos,de cada um nos.
A cor aparece timidamente,como no mundo dos sonhos,onde o preto e branco,fala bem mais forte.O claro e o escuro,evidencia a dualidade barroca,dos dois caminhos,especificos por excelencia,entre a figura e o fundo.Do prazer e da dor.Que se alternam magicamente no percorrer de nossos caminhos finitos e humanos.
E DI CAVALCANTI
Em 1917 transferiu-se para São Paulo, onde realizou sua primeira individual e freqüentou o curso de Direito, iniciado no Rio de Janeiro. Trabalhou intensamente na imprensa paulista dos anos 20, tendo participado da Semana de Arte Moderna, em 1922. Ainda na década de 20, viajou pela Europa, especialmente Paris, onde fixou-se de 1935 a 1940. Mais tarde decidiu morar definitivamente no Rio de Janeiro, firmando-se como um dos paradigmas da pintura moderna no Brasil. Realizou numerosas exposições no Brasil e no exterior. A seu respeito, escreveu Frederico Morais em 1976: “Não se pode dizer que a pintura de Di Cavalcanti seja exótica - pelo desejo de ser exótica. Muito menos folclórica. Brasileira ela é, sem dúvida. (...) Di Cavalcanti descobriu o Brasil na capital francesa. Melhor, redescobriu. Ali, acima das circunstâncias, de pressão do regional e do folclórico, em contato com a obra de grandes artistas do passado remoto ou próximo, soube descobrir o que se escondia bem abaixo da superfície, (...) um Brasil lusitano, africano, indígena, mosarábico.”
Candido PORTINARI
Em 1918, chegou ao Rio de Janeiro, onde ingressou na Escola Nacional de Belas Artes. Na Escola teve como professores Lucílio de Albuquerque, Rodolfo Amoedo e Batista da Costa. Em 1922, participou pela primeira vez do Salão Nacional de Belas Artes, no qual conquistou o prêmio de viagem à Europa em 1928. Fixou-se então em Paris, visitando Itália, Inglaterra e Espanha. Retornou ao Brasil em 1930. Em 1936, iniciou os trabalhos para o Ministério da Educação e Saúde, afrescos e painéis de azulejo que concluiu em 1945. Ainda em 1936, lecionou pintura mural no Instituto de Arte da Universidade do então Distrito Federal. Em 1939, inaugurou exposição retrospectiva de seus trabalhos no Museu Nacional de Belas Artes. Ainda em 1939, realizou os painéis para a Exposição da Feira Mundial de Nova York. Em 1940, exposição individual no MoMA e, no ano seguinte, executou os painéis para a Biblioteca do Congresso, em Washington. A exposição na Galerie Charpentier, em Paris, 1946, consagrou-o. Foi quando recebeu do Governo Francês a Legião de Honra e conquistou a crítica francesa: René Huyghe, Germain Bazin, Jean Cassou, Michel Floorissone, entre outros. De 1944 data a dramática série Retirantes. Em 1944 e 1945, realizou painel de azulejos sobre a vida de São Francisco de Assis e a Via Sacra para a igreja da Pampulha. Em 1948 e 1949, os murais Primeira Missa no Brasil, para o Banco Boavista, e Tiradentes, para o Colégio de Cataguases, em Minas Gerais. Participou da XXV Bienal de Veneza, em 1950. Em 1956, viajou para Israel, onde reeditou, nas palavras de Guilherme Figueiredo, “a imensa aventura de pintar uma pátria”, ao retratar a saga judaica. 1957 foi o ano dos famosos murais Guerra e Paz, para a sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York. Foram diversos prêmios conquistados, entre eles a menção honrosa na Exposição Internacional do Instituto Carnegie (Nova York, 1935), atribuída à tela Café (1934), hoje pertencente ao acervo do Museu Nacional de Belas Artes; o Internacional da Paz, concedido pelo painel Tiradentes (Varsóvia, Polônia, 1950); e o de melhor pintor do ano do International Fine Arts Council (Nova York, 1955). Em 1959 e 1960, ilustrou obras de Graham Greene e André Maurois para as prestigiosas edições Gallimard, em Paris. Seu percurso expositivo pelo mundo é seguramente um dos mais vastos da arte brasileira. Entre as diversas exposições realizadas após a sua morte, cumpre destacar a de 1970, no Museu de Arte de São Paulo, Cem Obras-Primas de Portinari, retrospectiva das diversas fases do artista. No livro que publicou sobre Portinari, escreveu Antonio Callado: “Não haverá artista que não viva a vida inteira sob o signo da infância. Mas no caso de Portinari, com todo seu êxito mundial
DAREL Valença Lins
Seguiu em 1941 para o Recife, onde começou a trabalhar como desenhista e freqüentou a Escola de Belas Artes. Em 1947 transferiu-se para o Rio de Janeiro e no ano seguinte ingressou no Liceu de Artes e Ofícios. No Liceu estudou gravura com Henrique Oswald. Dedicou-se posteriormente ao magistério em São Paulo e Minas Gerais. Walmir Ayala escreveu a seu respeito: "O desenvolvimento de seu valioso exercício gráfico alterna-se com trabalhos de desenho e pintura, sempre obedecendo ao rigor, à fidelidade vivencial, à observação dramática do mundo imediato. Assim, seus trabalhos transmitem esta noção de solidão e pânico, e na pintura o virtuosismo da luz e da sombra, revelando ambientes de devoração sexual, de êxtase e exibicionismo." Participou da Bienal de Tóquio (Japão, 1964) e da Bienal de São Paulo (1965, 1985). Realizou individuais no Brasil e no exterior.
terça-feira, agosto 01, 2006
Gravuras Brasileiras
Estaremos aqui em breve,numa pequena mostra,de toda genialidade,de nossos melhores gravuristas.
Arte milenar da imagem fixada no papel.
O Brasil,possui um numero generoso de Grandes Mestres,nesta arte.
Nas suas diferentes tecnicas,com matrizes na madeira,na pedra e no metal.
Se eu tivesse que dar um bom conselho para qualquer colecionador iniciante,nao vacilaria em apontar a Gravura como um dos mais rentaveis investimentos para um futuro bem proximo.Seus valores mercadologicos,ainda se encontram,muito aquem,de sua beleza e importancia.
Grandes Mestres como Portinari,Di Cavalcanti,Lasar Segal,Oswaldo Goeldi,Djanira,Tarsila,Ibere Camargo,Anita Malfatti,Ivan Serpa,Scliar,Mabe,Inima de Paula,entre outros,sao encontrados a valores bem convidativos.
Tudo que ja ouviram falar do papel,muito pouco deve ser verdade.
Sua durabilidade pode ser bem longa,desde que sejam obedecidos,alguns preceitos,quanto ao emolduramento profissional e itens basicos de conservacionismo.Nada,que ninguem,possa obedecer.Afinal estamos falando de Obras de Arte.
Copyright © 2006 - Ricardo Barradas.Todos os direitos reservados.
Arte milenar da imagem fixada no papel.
O Brasil,possui um numero generoso de Grandes Mestres,nesta arte.
Nas suas diferentes tecnicas,com matrizes na madeira,na pedra e no metal.
Se eu tivesse que dar um bom conselho para qualquer colecionador iniciante,nao vacilaria em apontar a Gravura como um dos mais rentaveis investimentos para um futuro bem proximo.Seus valores mercadologicos,ainda se encontram,muito aquem,de sua beleza e importancia.
Grandes Mestres como Portinari,Di Cavalcanti,Lasar Segal,Oswaldo Goeldi,Djanira,Tarsila,Ibere Camargo,Anita Malfatti,Ivan Serpa,Scliar,Mabe,Inima de Paula,entre outros,sao encontrados a valores bem convidativos.
Tudo que ja ouviram falar do papel,muito pouco deve ser verdade.
Sua durabilidade pode ser bem longa,desde que sejam obedecidos,alguns preceitos,quanto ao emolduramento profissional e itens basicos de conservacionismo.Nada,que ninguem,possa obedecer.Afinal estamos falando de Obras de Arte.
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