sexta-feira, outubro 27, 2006

Candido Portinari - Gravuras

Portinari - Gravura em Metal - "Grupo"





Portinari - gravura em metal - "cabeca"





Portinari - Grav.Metal - " Espantalho"

Djanira - Xilogravura - "Moenda"

Djanira - Xilogravura - "Moenda"

quarta-feira, outubro 25, 2006

DJANIRA da Motta e Silva 1914-1979

Morando no bairro de Santa Teresa, no Rio de Janeiro, optou decisivamente pela pintura através da convivência com pintores como Emeric Marcier, Dacosta, Arpad Szenes, Vieira da Silva e Jean-Pierre Chabloz, entre outros. Em 1942 participou pela primeira vez do Salão Nacional de Belas Artes. Viajou para Nova York, Paris e mais tarde à Rússia. De volta ao Brasil, percorreu o Planalto Central e o Norte, documentando usos e costumes populares. Integrou importantes mostras coletivas no Brasil e no exterior, tendo participado da Bienal de São Paulo de 1953. No início da década de 70, adotou o hábito de irmã leiga da Ordem Carmelita. A seu respeito, escreveu Jayme Maurício: Grande e magnífica Djanira, pintora da alma pura que transforma banalidades em grandes emoções, e de um nada exterior cria uma imensa riqueza interior, pintora de anjos e santos, de negros e brancos, de plantas e cafezais sem fim, das ruas da velha Parati e da paisagem carioca, dama ilustre deste Brasil subdesenvolvido, capaz, entretanto, de uma Djanira." (Correio da Manhã, 9 de maio de 1967) Das exposições mais recentes de sua obra no Rio de Janeiro, merecem destaque as de 1996, no Centro Cultural Laurinda Santos Lobo, de 1997, no Museu Nacional de Belas Artes (Djanira e a Azulejaria Contemporânea).

Iberê Camargo 1914 -1994

Chegou ao Rio de Janeiro em 1942, rebelando-se logo em seguida contra o ensino da Escola Nacional de Belas Artes. Estudou com Guignard, tendo sido um dos fundadores, em 1943, do Grupo Guignard, instalado na rua Marquês de Abrantes, no Rio. Em viagem à Europa, estudou com André Lhote e De Chirico. Realizou diversas individuais no país e no exterior, e é considerado um mestre do abstracionismo brasileiro. Entre as exposições recentes de sua obra, merecem destaque as retrospectivas realizadas em 1994, no Centro Cultural Banco do Brasil, Rio de Janeiro, em 2001, na Galeria André Millan/Bolsa de Arte de São Paulo, e em 2003, na Pinacoteca do Estado de São Paulo e Paço Imperial, Rio de Janeiro. Em depoimento para a revista Artis (n. 1, nov. 1982), Iberê Camargo assim se expressou a respeito de sua obra: “Alguém falou que a minha obra também era vida. Não sei quem fez esta referência; alguém disse que fazia pensar na pintura e na vida. Na realidade, a pintura para mim é a razão de ser. Acho que se não pintasse, nada teria sentido para mim. (...)

terça-feira, outubro 24, 2006

Lívio Abramo 1903 - 1992

Lívio Abramo nasceu em Araraquara, no interior de São Paulo, em 1903. Filhos de pais italianos, Lívio e seus irmãos e irmãs - Athos, Fúlvio, Beatriz, Lélia, Mário e Cláudio - cresceram em um ambiente especial e tornaram-se artistas, jornalistas e intelectuais, cujas contribuições foram importantes para o ambiente cultural brasileiro.
Segundo a atriz Lélia Abramo, em seu livro de memórias, o ambiente familiar influenciou as opções de vida de cada um dos Abramo.
"Nada em meu pai e minha mãe era medíocre. Ambos sensíveis às artes, carregavam toda a filharada para teatros, exposições de todos os gêneros, eventos culturais, inaugurações oficiais, etc", escreveu.

Lívio tornou-se artista por conta própria - autodidada, desenhava desde criança. Na juventude, aventurou-se na confecção de sua primeira gravura retirando sulcos de um pedaço de madeira com uma lâmina gilete.
Mas foi por volta dos 27 anos ao deparar-se com uma exposição de gravuras dos expressionistas alemães, em São Paulo, e sentir a força de expressão das gravuras de Kathe Kollwitz e demais artistas, que decidiu: "é isso que quero fazer".
"Em verdade, o gosto pela gravura começou a despontar em mim quando, ainda estudante, em casa de meus pais, eu admirava as vinhetas gravadas em madeira que ilustravam os poemas de um famoso poeta italiano, e de autoria de um gravador de nome De Károlis.
"Esse foi o despertar de uma vocação - a exposição dos grandes gravadores expressionistas alemães foi a revelação", escreveu o artista, que ficou conhecido por sua maestria ao manipular o buril.

A preocupação com a justiça social, acompanhou-o desde sempre, levou-o, ainda jovem, a militar no Partido Comunista, a interessar-se pelo Trotskismo e pelo socialismo. Nessa época colaborava fazendo ilustrações para tablóides sindicalistas. Em 1932, foi expulso do Partido Comunista, acusado de trotskismo.
O reconhecimento artístico chegou mais tarde, aos 47 anos de idade, quando suas xilogravuras alcançaram um grau de depuração técnica e ao mesmo tempo uma riqueza impressionante de detalhes, suas xilogravuras eram extremamente precisas em todos os aspectos.
Por isso ganhou prêmios como o de Viagem ao Exterior do Salão Nacional de Belas Artes, em 1950, com as 27 ilustrações para o livro "Os Sertões", de Euclides da Cunha; e o 1º Prêmio de Gravura Nacional da 2ª Bienal de São Paulo, em 1953. Algumas honrarias, como a ordem do Rio Branco.

Foram muitos os alunos que passaram por ele, no Brasil, Dorothy Bastos, Maria Bonomi, Savério Castelani, Anésia Pacheco Chaves, Ely Bueno, entre muitos outros.
No Paraguai, para citar alguns nomes da primeira turma, destacaram-se Edith Jiménez, Maria Adela Solano López, Lotte Schulz, Jacinto Rivero, todos gravadores de renome em Assunção e América Latina.
Abramo foi um homem que não curvou-se diante das dificuldades e, mesmo quando a vida não lhe dava motivos para sorrir, não deixava de acreditar na possibilidade de transformar o mundo.

Fonte:Divisão de Cooperação Educacional - DCEMinistério das Relações Exteriores - MREEsplanada dos Ministérios, Bloco H, Anexo I, Sala 43270170-900 - Brasília - DF

Fayga Ostrower


Faya Ostrower - "Maternidade" - Dec 50






Gravadora, pintora, desenhista, ilustradora, teórica da arte e professora, Fayga Ostrower chegou ao Rio de Janeiro na década de 30. Cursou Artes Gráficas na Fundação Getúlio Vargas, em 1947, onde estudou xilogravura com Axl Leskoscheck e gravura em metal com Carlos Oswald, entre outros. Em 1955, viajou por um ano para Nova York com uma Bolsa de estudos da Fullbright.Realizou exposições individuais e coletivas no Brasil e no exterior. Seus trabalhos se encontram nos principais museus brasileiros, da Europa e das Américas. Recebeu numerosos prêmios, entre os quais, o Grande Prêmio Nacional de Gravura da Bienal de São Paulo (1957) e o Grande Prêmio Internacional da Bienal de Veneza (1958); nos anos seguintes, o Grande Prêmio nas bienais de Florença, Buenos Aires, México, Venezuela e outros.
Entre os anos de 1954 e 1970, desenvolveu atividades docentes na disciplina de Composição e Análise Crítica no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. No decorrer da década de 60, lecionou no Spellman College, em Atlanta, EUA; na Slade School da Universidade de Londres, Inglaterra, e, posteriormente, como professora de pós-graduação, em várias universidades brasileiras. Durante estes anos desenvolveu também cursos para operários e centros comunitários, visando a divulgação da arte. Proferiu palestras em inúmeras universidades e instituições culturais no Brasil e no exterior.Foi presidente da Associação Brasileira de Artes Plásticas entre 1963 e 1966. De 1978 a 1982, presidiu a comissão brasileira da International Society of Education through Art, INSEA, da Unesco. Em 1969, a Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro, publicou álbum de gravuras suas, realizadas entre 1954 e 1966. É membro honorário da Academia de Arte e Desenho de Florença. Fez parte do Conselho Estadual de Cultura do Rio de Janeiro de 1982 a 1988. Em 1972, foi agraciada com a condecoração Ordem do Rio Branco. Em 1998, foi condecorada com o Prêmio do Mérito Cultural pelo Presidente da República do Brasil. Em 1999, recebeu o Grande Prêmio de Artes Plásticas do Ministério da Cultura.
Seus livros sobre questões de arte e criação artística são: Criatividade e Processos de Criação (Editora Vozes, RJ); Universos da Arte (Editora Campus, RJ); Acasos e Criação Artística (Editora Campus, RJ); A Sensibilidade do Intelecto (Editora Campus, RJ - Prêmio Literário Jabuti, em 1999); Goya, Artista Revolucionário e Humanista (Editora Imaginário, SP) e A Grandeza Humana: Cinco Séculos, Cinco Gênios da Arte (Editora Campus, RJ). Publicou numerosos artigos e ensaios na imprensa e na mídia eletrônica. A biografia Fayga Ostrower foi lançada em 2002 pela Editora Sextante - RJ.Fayga foi casada com Heinz Ostrower, historiador cuja biblioteca foi doada para o Arquivo Edgard Leuenroth, do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Estadual de Campinas, em Campinas, São Paulo. Deixou dois filhos, Anna Leonor (Noni) e Carl Robert; e três netos, João Rodrigo, Leticia e Tatiana.Nascida em 1920 na cidade de Lodz, Polônia, a artista faleceu no Rio de Janeiro, em 2001.

quarta-feira, outubro 18, 2006

Victor Frond - Campos dos Goytacazes - RJ


VICTOR FROND, Campos dos Goitacazes litografia original realçada com aquarela. Impressa por. Lemercier, Paris. 0,37 x 0,50 cm

Nesta magnifica lithogravura de epoca V.Fond, eterniza a magestade de Campos dos Goytacazes ,em pleno apogeu
comercial,do final do seculoXIX.

Victor Frond ( 1821 - 1881 )

FROND, Victor

(1821, França - 1881)

Fotógrafo, viveu alguns anos no Brasil entre 1857 e 1862. Pouco se sabe de sua origem e de seu destino. Viajou pelas províncias do Rio de Janeiro (Vassouras, Quissamã etc) e esteve também na Bahia. Consta que foi sócio de Sisson (segundo informação de Afonso de E. Taunay), e no Rio de Janeiro estabeleceu-se com casa e oficina à rua da Assembléia 34 e 36. Grande parte das fotografias que realizou em sua passagem pelo país foi publicada em gravuras sob o título de Brasil Pitoresco, com o texto de Charles Ribeyrolles encomendado pelo próprio Frond, cuja edição traz um posfácio de sua autoria, datado de 20 de agosto de 1860. Quis a posteridade que os papéis se invertessem: hoje a obra de Frond figura como ilustração ao livro de Ribeyrolles. Na opinião de Gilberto Ferrez (que, de certa forma, reproduz a de Taunay), o sucesso da obra se deve "muito mais às estupendas litografias que compõem o álbum do que ao texto". Este aspecto é aprofundado pelo pesquisador Pedro Vasquez: "Não deixa de ser uma ironia, sintomática de nossa cultura apoiada sobre uma tradição literária que relega as artes visuais a uma posição acessória, que o excepcional trabalho de Victor Frond tenha sido reduzido à mera condição de ilustração do texto, coisa que absolutamente não é (...)". Ainda segundo Vasquez, sua obra constitui o mais ambicioso projeto fotográfico realizado no Brasil no século XIX.

domingo, outubro 15, 2006

Lazar Segall

Lasar Segall
Vilna, 1891 - São Paulo, 1957

O lituano Lasar Segall chegou ao Brasil pela primeira vez em 1912, ao encontro de alguns de seus irmãos, e apresentou em 1914, a primeira exposição modernista em solo brasileiro. O artista já havia cursado a Academia de Desenho de Vilna, a Imperial Academia Superior de Belas Artes de Berlim e a Academia de Belas Artes de Dresden. Depois daquele breve período inicial no Brasil, Segall retorna para a Europa. Percebe-se que «Autoretrato II» (1919) mostra um Segall expressionista e de grande lugubridade, cujo traçado lembra, para citar o mais importante pintor do século XX, Picasso e suas várias composições em que as máscaras africanas foram usadas como ponto de partida em virtude da pureza simbólica da arte primitiva. Naquela época, sua obra artística já ecoava Cézanne e o impressionismo tal como fora interpretado e entendido pela «Secessão» berlinense (1899) de Max Libermann - desdobramento daquela vienense (1897) brilhantemente conduzida por Gustav Klimt, entre outros - a qual será o embrião dos três grandes movimentos expressionistas alemães; isto é, «A Ponte», «O Cavalerio Azul» e «A Nova Objetividade».A partir de 1923 -1924, a opressiva e angustiante atmosfera alemã, resultado da humilhante derrota imposta pelos aliados à atitude expansionista e pangermânica, muda com a clareza e diafaneidade do nosso mundo tropical; a cor passa a fazer parte da vida e da obra do artista que nem sua prolongada estadia parisiense consegue obliterar e que é revivida em toda a sua força e esplendor a partir de 1932, quando Segall retornou definitivamente para o Brasil.

Mais Gravuras dos Artistas Viajantes no Brasil
















Gravuras dos Viajantes do Seculos XVIII e XIX

Barque faite avec un cuir de Bocuf - J. B. Debret - Paris 1834






Instalacao dos Missionarios no Brasil - gravura de Hippolyte Taunay
para o livro de F.Denis -Le Bresil ou histoire - 1822


Mesmo sendo de artistas estrangeiros.Consideramos,aqui como Gravuras Brasileiras,por se tratarem de gravuras realizadas pelos artistas estrangeiros em viagens de documentacao e exploracao atravez das terras brasilis.Muitas destas viagens foram encomendadas,podemos assim dizer,pela familia real brasileira.

Alguns destes grandes artistas estrangeiros,tem sua maior obra direcionada para a paisagens,costumes,e aspectos populares brasileros.Nao que somente tenham feito gravuras sobre o Brasil,mas para nos,so as de temas brasileiros,que nos interessam.

Eles sao como bom exemplo,Debret,Rugendas,Victor Frond,Taunay,Post,entre outros.

As Gravuras dos Viajantes - que passamos a ver a partir de agora.Tratam se de Gravuras Originais de Epoca ,muitas vezes aquareladas a mao, e dignamente preservadas.Sao elas obras muito raras,algumas pecas unicas,que so sao encontradas,e mencionadas em livros e registros de impressoes.Itens rarissimos de Importantes Colecoes Particulares no Estado do Rio de Janeiro - Brasil.

Como a maioria delas formavam parte integrante de obras publicadas.Podem ter sido posteriormente reeditadas.Como no caso da Viagem Pitoresca Atraves do Brasil,que ja foi reditada mais de treis(3) vezes. E em cada reedicao,reaparece copias das pranchas,das gravuras originais,as vezes preto e branco e outras vezes coloridas.
No entanto,mesmo com a alta tecnologia da impressao atual,em cada reedicao,muitos detalhes se perdem....como se alma da propria obra fosse se esvaindo a cada reedicao.....Afinal,quando de epoca,foram executadas a partir dos originais correspondentes,em sua grande maioria em papel de grande qualidade,por famosos gravadores,e impressao impar nas nao menos famosas Casas de Impressao Francesas.